Policial

Contrabando inusitado: Policiais são presos por roubo de cabelo humano

Policial civil e cabo da PM presos em flagrante por roubo de 50kg de cabelo humano

Matheus Santi - Redação

Um investigador da polícia civil e um soldado da polícia militar foram detidos em flagrante sob suspeita de terem cometido um roubo de 50kg de cabelo humano no valor de R$ 150 mil. O incidente ocorreu na segunda-feira (17), em Corumbá, localizada a 413 quilômetros de Campo Grande.

Conforme relatado no registro de ocorrência, além da dupla, um cúmplice dos policiais, que estava sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica, também foi preso por sua participação no crime.

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil, as vítimas estavam transportando os cabelos em duas malas dentro de um veículo de aplicativo quando foram abordadas pelo trio armado. Logo após o crime ter sido denunciado a uma patrulha da Polícia Militar (PM), os homens fugiram.

O trio foi capturado imediatamente depois, na área do anel viário da rodovia BR-262, em Corumbá.

Diante do flagrante, os policiais alegaram que tentaram prender os supostos responsáveis pelo contrabando, após receberem informações sobre o crime, mesmo estando fora de serviço. O veículo utilizado pelos suspeitos pertencia à sogra do soldado da polícia militar e estava sem a placa dianteira, enquanto a identificação traseira havia sido adulterada. No interior do veículo, foram encontrados um coldre e três máscaras de pano.

O soldado da PM afirmou que estava em casa quando recebeu uma ligação do investigador, solicitando sua ajuda para prender os contrabandistas. Já o investigador da polícia civil optou por se manifestar apenas na presença do delegado. O trio foi autuado por facilitar o contrabando e roubo qualificado.

Os suspeitos serão submetidos a uma audiência de custódia na tarde desta terça-feira (18).

Posicionamento das instituições policiais A Polícia Civil informou que abrirá uma investigação para analisar a conduta do investigador da polícia civil. Da mesma forma, a Polícia Militar instaurará um processo interno para apurar as ações do soldado da PM. Conforme as corporações, o soldado da polícia militar será transferido para a prisão militar de Campo Grande.