Economia

Dólar cai pelo quarto pregão seguido e acumula perda de 2,83% na semana

Entre mínima a R$ 4,89 e máxima a R$ 4,96, a moeda encerrou o dia em queda de 0,23%



Após trabalhar em alta na maior parte da manhã e no início da tarde, acompanhando a onda de valorização da moeda americana no exterior, o dólar perdeu força nas duas últimas horas do pregão e emendou nesta sexta-feira, 14, a quarta sessão seguida de baixa. Operadores atribuíram a nova rodada de apreciação do real a fatores técnicos, com forte pressão vendedora no mercado futuro, em especial de estrangeiros, que deram continuidade hoje ao movimento de desmonte de posições cambiais defensivas visto nos últimos dias.

Entre mínima a R$ 4,8934 e máxima a R$ 4,9646, a moeda encerrou o dia em queda de 0,23%, cotada a R$ 4,9151 - menor valor de fechamento desde 8 de junho de 2022 (R$ 4,8901). A divisa encerra a semana com perda de 2,83%, o que levou a desvalorização acumulada em abril para 3,03%. No ano, o dólar recua 6,91%. Principal termômetro do apetite por negócios e veículo de apostas e montagem de hedge (proteção),

O real, ao lado do peso colombiano, foi a única moeda relevante entre emergentes e de países exportadores de commodities a escapar do movimento global de fortalecimento da moeda americana, em dia marcado por aumento das apostas em alta de 25 pontos-base na taxa básica de juros americana em maio e correção dos ativos de risco, após piora das expectativas de inflação nos EUA e fala dura de dirigente do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

Termômetro do comportamento do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes, em especial o euro e o iene, o índice DXY operou em alta firme, e voltou a superar os 101,500 pontos. Na semana, contudo, o Dollar Index recuou cerca de 0,50%. A taxa do Treasuries de 2 anos, mais ligada a perspectiva para o rumos dos FedFunds, subiu quase 3% e tocou 4,14% na máxima.