Uma tragédia marcou a noite do último domingo (23) em Dourados (MS). Uma criança de apenas 9 anos testemunhou o assassinato brutal da própria mãe, Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, dentro da casa onde moravam, no bairro Vila Sulmat. O autor do crime foi o padrasto da criança, identificado como Cristian Alexander Cabeza Henriquez, de 44 anos, que foi preso momentos depois e confessou o feminicídio.

Segundo o boletim de ocorrência, após presenciar o ataque, o menino correu desesperado até a casa de um vizinho pedindo socorro. O morador imediatamente acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram à residência, precisaram arrombar o portão para entrar.

No local, encontraram Alliene já sem vida, com múltiplas perfurações por faca — segundo a perícia, foram cerca de 23 golpes. Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros confirmaram o óbito no local.

Investigação e prisão

Com base no relato do menino e nas evidências encontradas, a PM iniciou uma busca imediata pelo suspeito. Cristian Henriquez foi localizado pouco tempo depois, no bairro Vila Industrial, por uma equipe da PM composta pelo sargento André e soldado Andrade. Sem apresentar resistência, ele foi algemado e encaminhado à delegacia.

A polícia também confirmou que Cristian havia descumprido uma medida protetiva de urgência que impedia sua aproximação da vítima, o que agrava ainda mais o caso.

A criança, profundamente abalada, foi acolhida pelo Conselho Tutelar, que agora acompanha o caso com apoio da rede de proteção à infância.

O caso segue sob investigação

O crime é investigado pela Polícia Civil de Dourados, que deve apurar todos os detalhes e circunstâncias do feminicídio. A morte de Alliene Barbosa se soma aos números alarmantes de violência contra a mulher no Brasil, reacendendo o debate sobre a efetividade das medidas de proteção e o papel da sociedade na denúncia e prevenção desses crimes.