Policial

Guardas Municipais que recebiam propina de contrabandistas são alvo de operação do Gaeco

Guardas recebiam propinas de sacoleiros na região de fronteira



Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou nesta terça-feira (31),  que tem 15 guardas-municipais como alvo. Os agentes recebiam propinas de sacoleiros na região de fronteira, em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande.

25 mandados de busca e  e prisão foram cumpridos. Na ação de hoje, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 17 dezessete de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados e no quartel da Guarda Municipal.

A operação é desdobramento da ação Deviare, que foi deflagrada em 15 de setembro de 2022. Na época, celulares foram apreendidos, o que revelou quadro de corrupção por parte de guardas municipais, que usavam suas funções públicas para receber propinas.

 
 

As propinas vinham de contrabandistas - sacoleiros. Os guardas também se apropriavam de cargas irregulares, a exemplo de cigarros e armas. Vários agentes integravam um grupo de Whatsapp denominado “Laranjas Podres”, por onde se comunicavam e tratavam de ilícitos.

No decorrer dos trabalhos, também foi possível constatar que alguns dos guardas municipais se dedicavam ao tráfico de armas e munições, dos mais variados calibres, naquela região de fronteira.

Na ação de hoje, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 17 dezessete de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados e no quartel da Guarda Municipal.

 
 

Nome da operação

O nome da operação faz alusão ao ato de desviar -em italiano-, já que a investigação do Gaeco se iniciou em razão do desvio de armas de fogo e munições por parte de guardas municipais em uma ocorrência de tráfico de drogas em agosto de 2021.